11/11/2025
A Black Friday se tornou, há alguns anos, uma das datas mais esperadas pelo varejo. As vitrines se enchem de descontos, as plataformas digitais registram picos de acesso e o caixa finalmente respira um pouco mais aliviado. No entanto, enquanto as atenções se voltam para as estratégias de marketing e logística, há um aspecto crucial, que pode definir o sucesso ou o fracasso financeiro dessa operação: a gestão fiscal.
Em períodos de grande movimentação comercial, caso da Black Friday, o volume de transações cresce exponencialmente. “Esse aumento, embora positivo do ponto de vista do faturamento, também amplia o risco de inconsistências fiscais, erros na emissão de notas, tributação incorreta e descumprimento de obrigações acessórias”, alerta o fundador e sócio da DIRETO Group, empresa de wealth management, Silvinei Toffanin.
O especialista explica que, em um país como o Brasil, onde a complexidade tributária é reconhecida até internacionalmente, uma falha aparentemente simples pode resultar em multas elevadas, bloqueio de CNPJ ou até exclusão de regimes tributários mais vantajosos, como o Simples Nacional. Por isso, Silvinei orienta os profissionais a manterem atenção a pontos especiais, como:
“Para garantir que o varejo, seja ele online ou físico, tenha uma boa Black Friday, recomendamos a realização de um bom planejamento antes de vender. Para isso, deve ser realizada uma revisão da classificação fiscal (NCM) e da tributação dos produtos antes da campanha. Também orientamos para a automatização das tarefas. Uma dica é investir em sistemas de gestão fiscal integrados que atualizem regras tributárias automaticamente”, alerta o fundador e sócio da DIRETO Group
Ele também reforça a importância das auditorias preventivas. “Um diagnóstico contábil antes e depois da Black Friday pode evitar surpresas com o Fisco. É fundamental que a equipe seja treinada a fim de garantir que o time de vendas e faturamento compreenda os impactos fiscais das promoções. E, por fim, contar com uma assessoria contábil proativa, que não espere a fiscalização bater à porta, mas que atue para preservar a saúde financeira da empresa”.
“O sucesso da Black Friday não deve ser medido apenas pelo faturamento bruto, mas pela eficiência na gestão do resultado líquido, considerando custos, margens e obrigações tributárias. Em um cenário econômico ainda desafiador, a empresa que alia estratégia comercial a rigor fiscal ganha vantagem competitiva, reputacional e sustentabilidade financeira. Em resumo, vender mais é ótimo. Mas vender com segurança fiscal é o que garante que o lucro não se transforme em passivo tributário no futuro”, finaliza Silvinei Toffanin.
Fonte: Contábeis